A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA
NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO
JUSTIFICATIVA
É notório a influência exercida pela avaliação, não só
durante o período escolar, mas também no decorrer da vida, não apenas em
situações específicas, como o vestibular, mas também em processos seletivos no
mercado de trabalho, nos planos de carreira e no exercício efetivo da cidadania
O universo da avaliação nos coloca
de volta no eixo, no centro do mundo mágico, onde todos os sentimento são experimentados, onde todos os
valores são presenciais, onde a alma se
funde com a realidade, onde todos os mecanismos de corrupção, efervescência e
de saberes se mesclam, onde passamos grande parte de nossas vidas, onde se
produz mais que conhecimento e aprendizagem, se produz medos, encontros, onde
ensinamos, mesmo sem querer, um pouco de nós,
Assim, o universo educacional está
repleto de conflitos, no qual o rival, o concorrente, o ser forte, atravessa o
muro da escola, ultrapassa o limite do bom senso, faz o do bom educador correr,
mudar, avançar, inovar. Acreditar, experimentar, refletir, intervir e mediar.
OBJETIVO GERAL
Acreditar que a avaliação deve ser
encarada como um processo contínuo envolvendo não só o aspecto quantitativo,
mas, sim, e principalmente, o aspecto qualitativo, devendo proporcionar
informações para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na
construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida. Nesse contexto,
buscamos os culpados: a família desestruturada,
que se desfaz facilmente, o menino/a que não tem limites, a inversão de
valores, a violência, o descrédito, a falta de motivação, o desinteresse pela
aprendizagem, a falta de paciência.
ESTRATÉGIA
A coordenação pedagógica da Escola
Marta Bezerra juntamente como os
professores das turmas de 4ºs anos,
acharam por bem convidar os pais e desafia-los a fazerem a
mesma avaliação que seus filhos, a diferença era que seriam em salas separadas,
sem revisão e nenhum recurso pedagógico.
Os pais/mães que estão presentes no
momento, aceitaram o desafio sugerido,
antes foi explicado cuidadosamente qual o objetivo para ambas as partes, essa
foi a forma de não explicitar o nível de
escolaridade ou de conhecimento dos que estavam ali presentes. Feito isso,
dividiu-se os pais em turmas, e deu-se inicio a avaliação.
RESULTADOS
Os mais surpreendentes possíveis,
conseguimos registrar por fotos e descreveremos trechos de alguns dos momentos
mais marcantes.
Enquanto as crianças faziam o teste em
uma sala, os pais estavam reunidos na sala ao lado para relembrar o que
aprenderam no passado (ou, ainda, colocar em prática o que estudaram com os
filhos).
4º ano C, 24 alunos, 22 pais presentes, dentre eles, pais
escolarizados e não escolarizados, avó/mãe. Todos empolgados, primeiro momento
um impacto, a insegurança pelo fato do filho está na mesma situação que ele. As
frases mais frequentes que se ouvia:
SERÁ QUE MEU FILHO/A VAI ACERTAR
ESSA?
ESSA NÓS ESTUDAMOS JUNTAS!!
MEU DEUS, MEU FILHO ME EXPLICOU
ISSO HOJE!!
PROFESSORA EU NÃO SEI DE MAIS
NADA DISSO.
ACHO QUE NÃO VOU ACERTAR UMA!!
A término
da avaliação, os professores corrigiram uma a uma, aluno e pai, em seguida foi
dado o resultado a dupla.
Momento de grande tensão e emoção!
Em uma sala preparada especialmente
para esse momento, estava presente a coordenadora, o pai/mãe e o aluno.
Primeiro passo uma conversa, depois a entrega da avaliação inversa, em seguida
a troca e a surpresa, A NOTA!.
(1º caso) Uma das situações que mais chamou minha
atenção foi de um aluno que é criado pelo pai e o mesmo é analfabeto.
(descrever...)
(2º caso) Uma criança que é
criado pela avó, mais que as tarefas de casa são feitas pelo pai e no dia, quem
estava presente era a mãe.
(3º caso) Uma vovó que a décadas
não se sentava numa cadeira de escola e pelo neto ela aceitou o desafio!
(4º caso) Os que tiraram um tempinho do seu trabalho,
desligou celular e deu todo seu tempo para seu filho.
(5º caso) O pai que fugiu, por
medo do quer que a filha ia pensar e foi chamar a mãe para fazer.
Sinceramente, pra mim isso não
tem preço! Me emocionei com cada um
deles!!!
4º ano B, 24 alunos, 16 pais
presentes.
(6º caso)“ Mas essa prova que
estamos fazendo não é a mesma do meu filho não, né!?
Essa prova é muito alta!!
(7º caso)“ O caso da mãe que foi
amamentar e voltou para terminar a prova”.
O receio da comparação da nota do
pai com a do filho
(8ºcaso)“Ele vai me chamar de
burra, vai dizer que eu não sei de nada!”
(9º caso)Algumas gracinhas também
foram ditas, quando alguém terminava a prova, outros diziam: ”Aí amojado!”
(rsrsr)
(10º caso)Uma vovó que não sabia
ler, mas ficou na sala ”tentando” fazer a prova, saiu depois que a primeira
pessoa entregou e inclusive, pediu ajuda para fazer o nome.
4º ano A, 21 alunos, 13 pais presentes.
Durante a aplicação da avaliação,
observei a preocupação em acertar as questões da avaliação.
Algumas mães perguntaram se
aquela prova era a mesma que as crianças
estavam fazendo, e expliquei que sim, as mesmas ficaram surpresas, pois estavam
sentindo dificuldades em responder.
Tiveram algumas mães que chegaram
atrasadas para fazer a prova, mas tinham
ido mesmo assim, porque era um pedido dos filhos.
Outras, preocupadas em acertar ao
menos uma questão para que os filhos se orgulhassem delas.
Em síntese, foi uma experiência
muito boa para a escola, pois pudemos avaliar a preocupação dos pais em
realizar a avaliação. Tivemos uma boa participação dos pais neste dia, sem
contar que as crianças se sentiram lisonjeados por seus pais terem participado
ativamente deste momento da escola. (palavras da diretora).
O que vemos hoje é que, com o passar dos anos, as discussões em torno
da avaliação foram tornando-se cada vez mais aprofundadas, mas ainda esta
consegue amedrontar muitos alunos e pais. Essas discussões se pautam no enfoque
avaliativo que temos hoje, onde a avaliação deve acontecer valorizando o
aspecto formativo do aluno, e não no aspecto seletivo, enfatizado há alguns
anos atrás, mas o que vemos é a insistência do processo em selecionar alunos através de notas
Essa foi apenas um ponta pé inicial para a mudança
que queremos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião,sugestão,crítica...