quarta-feira, 4 de maio de 2016

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA 
NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO

JUSTIFICATIVA

           
É notório  a influência exercida pela avaliação, não só durante o período escolar, mas também no decorrer da vida, não apenas em situações específicas, como o vestibular, mas também em processos seletivos no mercado de trabalho, nos planos de carreira e no exercício efetivo da cidadania

O universo da avaliação nos coloca de volta no eixo, no centro do mundo mágico, onde todos os  sentimento são experimentados, onde todos os valores são presenciais, onde  a alma se funde com a realidade, onde todos os mecanismos de corrupção, efervescência e de saberes se mesclam, onde passamos grande parte de nossas vidas, onde se produz mais que conhecimento e aprendizagem, se produz medos, encontros, onde ensinamos, mesmo sem querer, um pouco de nós,

Assim, o universo educacional está repleto de conflitos, no qual o rival, o concorrente, o ser forte, atravessa o muro da escola, ultrapassa o limite do bom senso, faz o do bom educador correr, mudar, avançar, inovar. Acreditar, experimentar, refletir, intervir e mediar.


OBJETIVO GERAL

           
 Acreditar que a avaliação deve ser encarada como um processo contínuo envolvendo não só o aspecto quantitativo, mas, sim, e principalmente, o aspecto qualitativo, devendo proporcionar informações para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de ser na vida. Nesse contexto, buscamos os culpados: a  família desestruturada, que se desfaz facilmente, o menino/a que não tem limites, a inversão de valores, a violência, o descrédito, a falta de motivação, o desinteresse pela aprendizagem, a falta de paciência.



ESTRATÉGIA



A coordenação pedagógica da Escola Marta Bezerra juntamente  como os professores das turmas de 4ºs anos,  acharam  por bem  convidar os pais e desafia-los a fazerem a mesma avaliação que seus filhos, a diferença era que seriam em salas separadas, sem revisão e nenhum recurso pedagógico.

Os pais/mães que estão presentes no momento,  aceitaram o desafio sugerido, antes foi explicado cuidadosamente qual o objetivo para ambas as partes, essa foi a forma de não explicitar o nível  de escolaridade ou de conhecimento dos que estavam ali presentes. Feito isso, dividiu-se os pais em turmas, e deu-se inicio a avaliação.























RESULTADOS

             




























Os mais surpreendentes possíveis, conseguimos registrar por fotos e descreveremos trechos de alguns dos momentos mais marcantes.

Enquanto as crianças faziam o teste em uma sala, os pais estavam reunidos na sala ao lado para relembrar o que aprenderam no passado (ou, ainda, colocar em prática o que estudaram com os filhos). 


4º ano C, 24 alunos, 22 pais presentes, dentre eles, pais escolarizados e não escolarizados, avó/mãe. Todos empolgados, primeiro momento um impacto, a insegurança pelo fato do filho está na mesma situação que ele. As frases mais frequentes que se ouvia:

SERÁ QUE MEU FILHO/A VAI ACERTAR ESSA?

ESSA NÓS ESTUDAMOS JUNTAS!!

MEU DEUS, MEU FILHO ME EXPLICOU ISSO HOJE!!

PROFESSORA EU NÃO SEI DE MAIS NADA DISSO.

ACHO QUE NÃO VOU ACERTAR UMA!!

A   término da avaliação, os professores corrigiram uma a uma, aluno e pai, em seguida foi dado o resultado a dupla.

Momento de grande tensão e emoção!

Em uma sala preparada especialmente para esse momento, estava presente a coordenadora, o pai/mãe e o aluno. Primeiro passo uma conversa, depois a entrega da avaliação inversa, em seguida a troca e a surpresa, A NOTA!.

(1º  caso) Uma das situações que mais chamou minha atenção foi de um aluno que é criado pelo pai e o mesmo é analfabeto. (descrever...)

(2º caso) Uma criança que é criado pela avó, mais que as tarefas de casa são feitas pelo pai e no dia, quem estava presente era a mãe.

(3º caso) Uma vovó que a décadas não se sentava numa cadeira de escola e pelo neto ela aceitou o desafio!

(4º caso) Os  que tiraram um tempinho do seu trabalho, desligou celular e deu todo seu tempo para seu filho.

(5º caso) O pai que fugiu, por medo do quer que a filha ia pensar e foi chamar a mãe para fazer.

Sinceramente, pra mim isso não tem preço! Me  emocionei com cada um deles!!!



4º ano  B, 24 alunos, 16 pais presentes.

(6º caso)“ Mas essa prova que estamos fazendo não é a mesma do meu filho não, né!?

Essa prova é muito alta!!

(7º caso)“ O caso da mãe que foi amamentar e voltou para terminar a prova”.

O receio da comparação da nota do pai com a do filho

(8ºcaso)“Ele vai me chamar de burra, vai dizer que eu não sei de nada!”

(9º caso)Algumas gracinhas também foram ditas, quando alguém terminava a prova, outros diziam: ”Aí amojado!” (rsrsr)

(10º caso)Uma vovó que não sabia ler, mas ficou na sala ”tentando” fazer a prova, saiu depois que a primeira pessoa entregou e inclusive, pediu ajuda para fazer o nome.





4º ano A, 21 alunos, 13 pais presentes.



Durante a aplicação da avaliação, observei a preocupação em acertar as questões da avaliação.
Algumas mães perguntaram se aquela prova era a mesma que as  crianças estavam fazendo, e expliquei que sim, as mesmas ficaram surpresas, pois estavam sentindo dificuldades em responder.
Tiveram algumas mães que chegaram  atrasadas para fazer a prova, mas tinham ido mesmo assim, porque era um pedido dos filhos.
Outras, preocupadas em acertar ao menos uma questão para que os filhos se orgulhassem delas.
Em síntese, foi uma experiência muito boa para a escola, pois pudemos avaliar a preocupação dos pais em realizar a avaliação. Tivemos uma boa participação dos pais neste dia, sem contar que as crianças se sentiram lisonjeados por seus pais terem participado ativamente deste momento da escola. (palavras da diretora).

        O que vemos hoje é que,  com o passar dos anos, as discussões em torno da avaliação foram tornando-se cada vez mais aprofundadas, mas ainda esta consegue amedrontar muitos alunos e pais. Essas discussões se pautam no enfoque avaliativo que temos hoje, onde a avaliação deve acontecer valorizando o aspecto formativo do aluno, e não no aspecto seletivo, enfatizado há alguns anos atrás, mas o que vemos é a insistência do processo  em selecionar alunos através de notas
            Essa  foi apenas um ponta pé inicial para a mudança que queremos!





































































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